Dirigido por Ana Teixeira e Stephane Brodt, o Amok Teatro se dedica a uma pesquisa contínua do trabalho do ator e das possibilidades de encenação. Desde sua fundação em 1998, o grupo tem recebido por seus espetáculos um grande reconhecimento da crítica e do público.
O trabalho do Amok se caracteriza pela busca de um rigor formal e por uma intensidade que se afirma no corpo do ator, como sendo o lugar em que o teatro acontece. Cada projeto impulsiona o grupo a abrir um novo campo de pesquisa cênica e de treinamento a partir do diálogo com diferentes tradições e culturas. Os espetáculos do Amok Teatro tratam de questões contemporâneas sem perder de vista a afirmação da cena como um espaço cerimonial.
Além dos espetáculos, o Amok Teatro desenvolve uma intensa atividade pedagógica com ênfase na formação de atores, tendo constituído um método próprio de trabalho, difundido no Brasil e no estrangeiro.
O Amok Teatro tem sede fixa no Rio de Janeiro desde 2003. A Casa do Amok é um espaço de criação e de treinamento que mantém, além das atividades da companhia, uma programação aberta, apoiando o trabalho de grupos e artistas de diferentes segmentos.
ANA TEIXEIRA é pedagoga, fundadora e diretora do Amok Teatro e da Casa do Amok no Rio de Janeiro. Cursou pedagogia na Faculdade de Educação do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio de Janeiro e, nos anos oitenta, trabalhou em programas de alfabetização de adultos com método Paulo Freire e arte-educação. Como bailarina, formou-se com Angel Vianna e Angela Loureiro (Laban/Bartenieff), trabalhou com os coreógrafos Jean-Marie Dulbrul e João Carlos Ramos (Cia. Aérea de Dança). Especializada no sistema Laban de movimento, lecionou no Curso de Formação de Bailarinos no Centro de Estudo do Movimento e Artes - Angel Vianna.
Na França, nos anos noventa, formou-se na Escola de Mímica Corporal Dramática de Paris (Etienne Decroux) e trabalhou na Cia. Théâtre de L’Ange Fou, sob a direção de Steven Wasson (EUA) e Corinne Soun (FR), realizando turnês pela França, Alemanha e Itália. Formou-se no Institut d’Etudes Théâtrales Sorbonne Nouvelle/Paris III e especializou-se no teatro do Extremo Oriente com Jacques Pimpaneau (Museu Kwok On/Paris). Passou diversas temporadas em Bali onde estudou o teatro Topeng (máscara) e a dança balinesa com mestres dessa tradição. No Myanmar, estudou dança siamesa com Lu Maw.
De volta ao Brasil, funda com Stephane Brodt o Amok Teatro, onde é responsável pela direção artística, criação de cenário, figurino e coordenação de projetos. Recebeu e foi indicada à diversos prêmios do teatro nacional, dentre eles o Prêmio Shell (direção, figurino, inovação), Prêmio Mambembe e Prêmio Governo do Estado do RJ. Com mais de trinta anos de experiência pedagógica nas artes cênicas, ministra oficinas em diversas instituições e festivais no Brasil e no estrangeiro.
O ator francês STEPHANE BRODT é fundador e diretor do Amok Teatro e diretor pedagógico do APA/Ateliê de Pesquisa do Ator, projeto de pesquisa continuada do SESC-Paraty em parceria com Carlos Simioni (Lume Teatro). Formado no Teatro Escola Catherine Brieux (Comédie Française), na Escola Internacional de Mimodrama de Paris - Marcel Marceau e na Escola de Mímica Corporal Dramática de Paris (Etienne Decroux). Integra a Cia Théâtre de L’Ange Fou e trabalha sob a direção de Steve Wasson e Corinne Soun. Nos anos noventa, é ator do Théâtre du Soleil, onde trabalha sob a direção de Arianne Mnouchkine e participa dos espetáculos: Iphigenie, Agamemnon Les Choephores, Les Eumenides e da criação de La Ville Parjure. Entre 1991 e 1997 passa quatro temporadas em Bali onde estuda com mestres, diferentes estilos de Topeng (teatro tradicional de máscaras).
Radicado no Brasil, leciona em diversas instituições e festivais nacionais e estrangeiros. No Amok Teatro é ator, dirige e cria os cenários e figurinos para todos os espetáculos. Com o monólogo Cartas de Rodez, recebeu o Prêmio Shell de melhor ator, com O Carrasco é indicado ao prêmio Shell e ao prêmio Governo do Estado pelo figurino e maquiagem. Com Savina é indicado ao prêmio Shell pelo figurino e com O Dragão, ao prêmio Quem de melhor ator. Com Salina (A Última Vértebra), recebeu o Prêmio Shell de melhor figurino, além das indicações aos prêmios Shell de direção, Prêmio Cesgranrio de direção, espetáculo e figurino e ao prêmio APTR pela direção e figurinos. Com Os Cadernos de Kindzu, foi indicado aos prêmios Shell de direção e música, Prêmio Cesgranrio de direção e espetáculo, prêmio APTR de melhor ator coadjuvante e melhor direção musical. Ainda no Amok Teatro, também dirige com Ana Teixeira e atua no espetáculo Kabul e Histórias de Familia, realizando turnês pelo Brasil e estrangeiro.